segunda-feira, 18 de maio de 2009

Publicidade nas séries de televisão

Na minha opinião temos várias formas de publicidade nas séries de televisão. Temos as exageradas, como no caso da série “Chuck” onde a personagem principal trabalha na Buy More e não para de falar na Buy More. Tem também a publicidade aos iPhones onde praticamente todas as personagens têm um iPhone. Toca o telefone e vê-mos um grande plano, a encher o ecra todo com um iPhone. Ridiculo mesmo. Se eu tivesse uma empresa de publicidade, e a Apple me pedisse para fazer uma anuncio do iPhone, bastava-me pegar num episódio de Chuck, agitar a varinha mágica de edição de video e “puff” tinha um anúncio de 10 segundos ao iPhone sem se notar que foi retirado da série. Sim, chega a este extremo. Mas enfim...


Um dia li uma nóticia onde uma empresa queria patrocinar uma curta-metragem e ao discutirem como iriam implementar os artigos da marca na curta, os donos da empresa disseram: “Ridicularizem a publicidade, façam-no bastante óbvio.” Os directores da curta disseram não que não queriam fazer dessa maneira, era estúpida, etc. Então os donos da empresa explicaram: “Que melhor maneira de fazer a sua curta ser vista do que pelo lado negativo?” Ou seja, a curta seria feita com a publicidade a “saltar” no ecrã, o que levaria as pessoas a falar dela aos amigos, e esses amigos iriam ver a curta e falavam aos outros amigos, etc. Resultou, as vendas subiram.


Mas em frente. Temos também a publicidade a que os directores das séries não podem escapar. Exemplo: Knight Rider (O Justiceiro) a nova série, neste momento cancelada. A Ford patrocinava a série e a Ford sendo a Ford, tinha de haver publicidade obvia á marca. Mas fizeram aquilo demasiado exagerado, sempre que o Kit se transformava noutro carro havia um plano a passar pelo simbolo e era tipo “in your face”. Ou quando o Kit voltava ao “quartel-general” parecia um anuncio aos carro, com aqueles planos baixos, longos e distantes e uma música “untz untz”.


Outro tipo de publicidade é aquela que não existe, que é a que resulta melhor na minha opinião. O exemplo que dou não é duma série, mas de um filme. Slumdog Millionaire. A cena onde Salim e Jamal dormem numa tenda e chega um homem e ofrece-lhes uma garrada com um liquido castanho dentro e um rótulo vermelho. A marca nunca é mostrada, mas sabemos o que é e qual é a marca. É uma marca que tem a sua forma de garrafa, o seu produto distinto e rotulo também. Sabemos o que é pela publicidade antes vista e a marca pode nunca ter patrocinado o filme, mas ao usarem as suas caracteriscas distintas, sabemos logo do que se trata. Resultou para mim pelo menos porque ao ver um filme, ao ver essa cena, pus pause, fui ao frigorifico, peguei numa lata, com rotulo vermelho com um liquido castanho e continuei a ver o filme. Ainda não disse o nome da marca, mas por agora é 100% provável que quem está a ler isto já sabe o que é.


Temos por fim a publicidade bem feita. Aquela que é subtil, discreta, que não estraga o “mood” da série e faz o que tem a fazer: dar a conhecer... What else?

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